Dona Raimunda

Faculdade ITOP

Documentário Dona Raimunda
“A Quebradeira de Coco Babaçu”

Curso: Ciências Contábeis 1º Período Turma “B”
Disciplina: Metodologia Científica
Aluno: Leonardo Lisboa Silva
Professora: Maura Alves Faria

RAIMUNDA A “QUEBRADEIRA”

Raimunda e uma mulher como várias outras mães de família da sua região, muitas não tinham maridos, não estudadas, quase todas tem problemas de saúde, pessoas que viviam em um mundo só delas, sem descobrir o que existiam fora de tudo aquilo, nos estados do Tocantins, Pará, Maranhão e Piauí. As famosas quebradeiras de coco babaçu. No Bico do Papagaio, onde existe o encontro dos Rios Araguaia e Tocantins, foi onde a quebradeira de coco aposentada RAIMUNDA GOMES DA SILVA construiu a sua história.

Ela começa a contar a sua história dizendo que esteve morta por trinta e seis anos da sua vida, que a única coisa que ela conhecia era o trabalho, trabalho, trabalho e o trabalho. Não entendia como funcionava a política do Brasil e de onde viam as explorações.
Se separou em 1973, mudou para o Maranhão em 1974 e voltou para o Tocantins em 1979, época do despejo da região do Bico do Papagaio.

Logo na madrugada começava o dia das quebradeiras, com seu fogão a lenha aceso faziam o seu café e preparavam o lanche do dia, uma passava chamando as outras, mesmo com toda dificuldade, seguiam caminho cantando, muitas delas por não terem como deixar, levavam filhos e netos. Toda coqueira era totalmente aproveitada, da palha fazia o cofo, da casca o carvão para cozinhar, do coco era retirado o azeite que fazia sabão para lavar roupas, temperavam comidas, deste mesmo coco, tiravam o leite e usavam em feijão, peixe, fava, comiam com farinha ou então eram vendidos inteiros. Com todo esse esforço de um dia inteiro de trabalho cada uma delas conseguiam arrecadar cerca de cinco reais o dia, o coco era vendido em torno de sessenta a setenta centavos o quilo, por isso, elas preferiam tirar o azeite e vende-lo para alcançar