dolto

6830 palavras 28 páginas
Françoise Dolto e as crianças
Léia Priszkulnik
Professora doutora do Departamento de Psicologia Clínica do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP-USP). Docente e orientadora do Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica do IP-USP.
Endereço para correspondência:
Av. Prof. Mello Moraes, 1721 - Bloco F
Cidade Universitária
CEP 05508-030
São Paulo - SP
E-mail: leiapris@ajato.com.b

Numeração de páginas na revista impressa: 82 à 84

Françoise Dolto é um nome de destaque no universo psicanalítico, principalmente no francês. Sua genialidade consistiu em ampliar os limites da intervenção psicanalítica até o primeiro dia de vida da criança. O trabalho pedagógico que desenvolveu, voltado tanto para os pais quanto para os profissionais, e o combate em favor da "causa das crianças" fazem dela uma referência obrigatória na abordagem da primeira infância.

Françoise Marette, que depois do casamento se torna Dolto, nasce em Paris em 1908, ano em que se realiza o primeiro Congresso Internacional de Psicanálise em Salzburg, e se insere na história da Psicanálise com crianças na França como a fundadora de um trabalho que se desenvolve a partir do cotidiano hospitalar, "...fundadora de uma nova apreensão da Psicanálise infantil, centrada, não no estudo a priori das psicoses, mas no da psicopatologia da vida cotidiana" (Roudinesco, 1988, p.174).

Em 1924 tem seu primeiro contato com a Psicanálise na classe de Filosofia no Liceu Molière. Em 1934, enquanto ainda está no segundo ano do curso de Medicina, decide iniciar uma análise pessoal com René Laforgue, que pertence à primeira geração de psicanalistas franceses. A análise dura três anos por insistência da própria Dolto (1990) já que "...as análises da época, com Freud, duravam períodos de seis semanas" (p.100) e esse era o modelo adotado na França; a insistência tem como base sua idéia "...de que a cura analítica de um médico só acabava quando ele jamais pensasse em si durante uma

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