doenca de graves
Esta doença foi descrita pela primeira vez no ano de 1825 por Caleb Parry, na Inglaterra, sendo posteriormente, no ano de 1835, descrita Robert Graves, na Irlanda.
Aproximadamente 60 a 80% dos casos de hipertireoidismo são resultantes da doença de Graves. Existe uma predisposição familiar, já que 15% dos portadores apresentam casos dessa doença na família, e 50% dos familiares possuem auto-anticorpos contra a tireóide. Pode aparecer em qualquer idade, porém costuma surgir dos 20 aos 40 anos de vida. A prevalência é semelhante entre indivíduos caucasianos e asiáticos, e menor em indivíduos negros.
A etiologia ainda não foi completamente elucidada, mas acredita-se que os anticorpos levem à produção de hormônios da tireóide. Nesta doença os anticorpos irão ligar-se aos receptores de membrana do receptor de tireotropina (TSH), deste modo há a ativação ininterrupta de secreção dos hormônios tireoidianos, pois os anticorpos desempenham o papel do hormônio estimulante TSH. Os anticorpos responsáveis pelo hipertireoidismo normalmente são produzidos devido à auto-imunidade contra a tireóide.
As manifestações clínicas estão divididas entre as comuns a qualquer forma de hipertireoidismo e nas que são específicas para a doença de Graves. Com relação ao hipertireoidismo são encontrados calor excessivo, aumento do ritmo intestinal, suor excessivo, nervosismo, perda de peso, taquicardia, inchaço dos dedos, pele úmida e dores musculares. Dentre os sintomas que não estão relacionados com o excesso de hormônio tireoidiano circulante estão:
Oftalmopatias: exoftalmia (olhos saltados), retração palpebral, olhos avermelhados, inchado ao redor dos olhos, sensação de olhos secos