Docência

A presença do modelo de ensino por investigação vem sendo implantado nas Escolas, de modo a quebrar paradigmas e romper com modelos tradicionais de ensino, que hoje encontramos em sala de aula. A investigação para o ensino, apresenta conceitos ainda não bem definidos, pois, o próprio modelo de ensino nos leva a um estudo aprofundado. Como diria MINAYO, o termo interdisciplinaridade ainda é confuso. Segundo Santomé (1998), as práticas interdisciplinares na escola exigem do professor ou professora uma postura diferenciada (p. 253):
“Planejar, desenvolver e fazer um acompanhamento contínuo da unidade didática pressupõe uma figura docente reflexiva, com uma bagagem cultural e pedagógica importante para poder organizar um ambiente e um clima de aprendizagem coerentes com a filosofia subjacente a este tipo de proposta curricular.” Seguindo a postura de Santomé, podemos justificar nossas dificuldades encontradas, porque um professor que trabalha com o ensino através da investigação, necessita de uma postura interdisciplinar, uma postura de planejar e refletir sobre aquilo que depara-se no dia a dia com seus alunos. Quando nos deparamos com a realidade do ensino, percebemos que os docentes não estão preparados para essa idéia reflexiva de métodos de ensino, ao passo que, eles também devem passar por um processo de ensino, a fim de que assim, possam compreender o papel de formador reflexivo que eles devem ter como postura, se desprendendo do modelo de professor em que ele foi formado. Os docentes de Ensino Fundamental e Médio, muitas vezes, encontram dificuldades no desenvolvimento de projetos de caráter interdisciplinar em função de terem sido formados dentro de uma visão positivista e fragmentada do conhecimento (KLEIMAN e MORAES, 2002). E assim justificasse o fato, de que as dificuldades em difundir o ensino por investigação começam com o modelo de formação dos professores que encontramos, mesmo porque muitos desse professores não estão dispostos