Doação de órgãos

Trabalho sobre a doação de órgãos

Doar um órgão é um ato de dimensão incomensurável. Significa o ressurgimento e a renovação de vidas a partir do desfazimento de outra vida. A morte sempre será fonte de dor para as pessoas ligadas ao ente que faleceu. A possibilidade de, ultrapassando essa dor, tornar-se capaz de gerar alegria e por fim ao sofrimento pelo qual passam tantas pessoas é a concretização de um fenômeno de renovação da vida. É um ato sublime que merece ser destacado e estimulado em todos os países do mundo. Ainda mais pelo fato de que, conforme a política adotada pelo Brasil, não é possível que as famílias que aceitaram a doação de órgãos saibam para quem estes foram destinados. Isso torna a doação um ato ainda mais generoso, já que se trata da valorização da vida de alguém que não se conhece e nem se vai conhecer. É um ato de compreensão da vida em toda a sua amplitude. É necessário que se conjuguem todos os esforços possíveis para salvar e mudar vidas. A doação de órgãos está disciplinada na Lei 9.434/1997. O sistema brasileiro de doação de órgãos é o maior sistema público de transplantes do mundo, no qual as filas são organizadas e, salvo raras exceções permitidas por Lei, não é permitido que uma pessoa passe à frente de outra. Não há fraude nessa fila, e não há privilégios de uma classe social em detrimento de outra. Todos se igualam quando na espera de um órgão. Os transplantes são gratuitos pelo Sistema Único de Saúde. No entanto, o sistema brasileiro apresenta graves defeitos, sobretudo no que se refere ao sistema de captação de órgãos. O sistema necessita ser desenvolvido, aperfeiçoado, e isso requer maior comprometimento por parte dos governantes e maior conhecimento por parte dos médicos. Da forma em que se encontra, há diversos casos em que, já tendo as famílias se manifestado a favor da doação de órgãos, esta não ocorre. O resultado é que mais da metade morre enquanto espera por um órgão. Um dos aspectos que demandam a atenção dos