Do magico ao sicial

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O OLHAR MÁGICO

Para a maior parte das doenças sempre foi difícil estabelecer relações de causa e efeito. Os antigos hebreus enxergavam a doença como um sinal de cólera divina. Privados de recursos, os povos primitivos explicavam a doença dentro de uma concepção mágica do mundo. O doente era vítima de demônios e espíritos malignos, mobilizados talvez por um inimigo, é a patologia como faceta da mitologia, e assim a cura.
Os feiticeiros e curandeiros podem ter beneficiado a pratica médica de quatro formas. Assim o uso de plantas resultou na descoberta de substâncias terapêuticas. A ascendência dos feiticeiros sobre os pacientes traduzia-se em poderosos efeitos psicológicos, que sem dúvida explicavam muitas curas.
O Brasil incorporou grande parte destas práticas mágicas, além dos índios e dos negros, trazidos como escravos tinham também suas práticas mágicas e conhecimento da medicina natural. “Africanos, Índios e mestiços foram os grandes curandeiros do Brasil colonial”.
William Withering médico inglês do Sec. XVIII aprendeu com uma curandeira a tratar pacientes hidrópicos com a planta dedaleira, desta mais tarde foi extraída a digital usada no tratamento da insuficiência cardíaca. A diferenciação entre os hebreus, egípcios e outros, serviu para prevenção de doenças transmissíveis, muitas doenças foram evitadas. A prevenção não era exercida conscientemente, as causas de infecções eram desconhecidas. Novas formas de conhecimento contrapõem-se à magia, causando uma fissura no pensamento mágico.

OLHAR EMPÍRICO

O mundo grego da era clássica era o mundo do apto e do sadio, apesar das doenças não serem raras, e a expectativa de vida ser até os 30 anos. O ser humano era uma criatura equilibrada no corpo e na mente e de proporções harmoniosas. Tal concepção de saúde encontrava também suporte religioso. Para manter a beleza do corpo os gregos praticavam exercícios físicos diariamente.
Para os gregos a cura era obtida pelo uso de plantas e de métodos

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