Do império russo à desintegração da união soviética

Entre os séculos XV e XVIII, enquanto alguns países europeus (Portugal, Espanha, Inglaterra, França e Holanda) fundavam colônias na América e feitorias ou entrepostos comerciais na África e na Ásia, a Rússia realizava sua expansão territorial na Ásia, iniciada no século XVII com a conquista da Sibéria ocidental, central e oriental e outras regiões. Assim, o império nascido na Idade Média da união de vários principados expandiu-se consideravelmente. No século XIX, da mesma forma que os Estados Unidos, Japão, França, Alemanha, Bélgica e outros, a Rússia realizou sua Revolução Industrial. Ingressou no “clube” dos países industrializados e passou a utilizar seu poder econômico para exercer o neocolonialismo e o imperialismo, nos moldes das outras potências. Em curto período várias regiões foram anexadas ao já imenso território. A expansão russa dos séculos XIX e XX apoiou-se na ideologia do pan-eslavismo, ou seja, o desejo de união de todos os povos eslavos num só Estado. Tal idéia era defendida por várias pessoas na Rússia, inclusive pelo escritor Dostoiévski. O pan-eslavismo, no entanto, conduziu a outros caminhos. Em sua expansão territorial perla Ásia, a Rússia dominou vários povos: armênios, turcomanos, uzbeques, georgianos, buriatos, lapões, koriaks, etc., cuja dominação possibilitou a formação de um grande império, que, já no século XIX, se estendia da Europa até o litoral do Oceano Pacífico. Para assegurar a posse do território e facilitar o povoamento, a Rússia construiu as ferrovias Transcaucasiana (1883-1886) e Transiberiana (1891-1904). A primeira parte de Moscou atinge o Turquestão e se prolonga até o Mar Cáspio; a segunda também sai de Moscou, atravessa a Sibéria ocidental e oriental, e termina em Vladivostok, no litoral do Oceano Pacífico, depois de vencer 9.330 quilômetros. Além dessas, muitas outras ferrovias construídas após a Revolução industrial estimularam a industrialização russa na segunda metade do século XIX, principalmente os setores