Diálogo de crátilo

898 palavras 4 páginas
Resumo
Hermógenes: Crátilo aqui presente, Sócrates, afirma que existe uma correção do nome concebida por natureza para cada um dos seres, e que um nome não é isso que alguns, tendo convencionado chamar, chamam, ao pronunciar uma parte de sua voz; mas que existe uma correção natural de nomes, a mesma para todos, tanto aos gregos quanto aos bárbaros.
Sócrates: Oh, Hermógenes, filho de Hipônico, um antigo provérbio diz que as coisas belas são difíceis de aprender como são; com efeito, o estudo respeitante aos nomes não é por acaso, de pouco valor. Por conseqüência, não sei qual pode ser a verdade a respeito de tais coisas; no entanto, estou disposto a investigar em conjunto, contigo e com Crátilo.
Quanto a negar que seu nome seja, na verdade Hermógenes supõe que zomba de ti, pois talvez ele pense que tu, em toda ocasião almejando a aquisição de bens, não os obténs. Pois parece-me que se um nome qualquer é atribuído a algo, este é o correto. Os três personagens que compõem a cena assumem a palavra no diálogo são inspiradas pelas figuras reais de Sócrates, Hermógenes e Crátilo.
Hermógenes é um discípulo fiel de Sócrates a quem Platão apreciava mais pelo caráter que pela inteligência.
Sócrates: Assim, Hermógenes, a atribuição do nome corre o risco de não ser algo insignificante como tu supões, nem de homens desprezíveis. E Crátilo diz coisas verdadeiras ao afirmar que os nomes são naturais às coisas, e que nem todos os homens são artesãos de nomes.
Todos sem dúvida são frutos de uma relação amorosa ou de um deus com uma mortal ou de uma deusa. Se examinares este nome segundo a antiga língua ática, conhecerá melhor: ele te fará ver que o nome vem de Eros, de onde nasceram os “heróis” (hérõs), devido a uma pequena alteração no nome. Ou é por isso que se chamam heróis ou porque eram sábios, hábeis oradores e dialéticos, sendo capazes de interrogar e de falar. Assim, os heróis, na língua ática são chamados pelo nome que agora os chamamos e assemelham-se a certos

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