Diálagos de Platão - Apologia a Sócrates

442 palavras 2 páginas
RESUMO

Nos diálogos de Platão, Sócrates, condenado à morte, passa seus últimos momentos na prisão após tomar o veneno que dará fim à sua vida. Entretanto, em estado de serenidade, está convencido de que sua alma se encontrará com Deuses, sábios e outros homens bons: como um sábio, cultiva as virtudes que elevam à sua alma para além dos prazeres sensíveis que se restringem ao corpo.
Para Sócrates, é através da racionalidade que se chega à realidade do ser. Enquanto o corpo se limita à experiências sensitivas, submetidas aos contrários, como prazer e dor, fome e saciedade, formação e decomposição, vida e morte, a alma se encontra no plano inteligível, responsável pelos fundamentos de ação, movimento e ordenação. É na alma que reside a identidade de cada ser, a sua unidade, onde toma-se seus juízes de valores, criações e julgamentos. O conhecimento verdadeiro é adquirido através da razão, enquanto as experiências sensitivas são ilusórias e meramente cognitivas. Com a elevação da alma, governa-se o corpo.
Posto a coordenação da alma perante ao corpo, qual seria o fundamento da alma? Sócrates ressalta idéias aos quais são intrínsecas aos seres humanos. As idéias de igualdade, quantidade, justiça, beleza podem ser compreendidas de forma universal mesmo com toda a sua subjetividade. Uma criança ao aprender os nomes de objetos consegue discernir que uma árvore é o mesmo objeto que outra árvore, apesar de não serem aparentemente idênticas. Dado que essas idéias já fazem parte da nossa percepção inata, o conhecimento não é apenas adquirido ao longo da vida, mas, sim, algo recordado. As idéias prévias devem permanecer à um plano inteligível, anterior às experiências sensitivas, e ao acontecer o encontro com o físico, são reconhecidas as idéias reminescentes, como chama Sócrates. Há tempo: se há reminescências, nossa alma também se comporta da mesma maneira. Logo, a existência da alma é

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