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HOMENS E MULHERES:
Afinal, somos iguais ou diferentes?
JULIANA GREBE ROSA*
Curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia
Instituto Catarinense de Pós-Graduação - ICPG
Marco Montarroyos Calegaro
Professor de Psicogênese da Aprendizagem
Instituto Catarinense de Pós-Graduação - ICPG
RESUMO
Sabe-se que a luta em prol da inserção da mulher na esfera pública e pela igualdade de direitos e oportunidades dá-se desde os fins do século XVIII. Até então, tudo parecia certo: homens e mulheres tinham seus papéis definidos e aprovados na sociedade. Mas, as funções atribuídas às mulheres acabaram se transformando em desigualdades sociais, o que incitou as mulheres mais liberadas a lutarem por direitos iguais. Esta guerra entre os sexos é histórica, levando a sociedade a uma grande confusão, sem saber se são os direitos ou as capacidades cognitivas que deveriam ser consideradas iguais. Tentando esclarecer estas dúvidas, ficam as perguntas: afinal, homens e mulheres são iguais ou diferentes? De que forma isto pode implicar na aprendizagem de nossas crianças? Estudos mostram uma nova situação e indicam os hormônios e o cérebro como os principais responsáveis por nossas atitudes e comportamentos.
Palavras-chave: aprendizagem, evolução humana, diferenças de gênero em cognição.
1. INTRODUÇÃO
Historicamente, a questão da igualdade entre homens e mulheres vem mostrando conflitos e contradições. Durante muito tempo, o homem é encarado como chefe da família, e a mulher como responsável pela criação dos filhos e pelo zelo com a casa. Esta estrutura patriarcal vai sendo substituída, mesmo que lentamente, desde as primeiras revoluções feministas, até que, com a
Constituição de 1988, é firmada a tão desejada igualdade de direitos. A partir daí, cogita-se que os gêneros não tenham mais diferenças, que devam ser tratados da mesma forma. Embora a família, a escola, a empresa, ou seja, a