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Capítulo 1 – Concepções de Infância

“Saiba: todo mundo teve infância Maomé já foi criança Arquimedes, Buda, Galileu E também você e eu [...]” Arnaldo Antunes

O presente capítulo apresenta um panorama das concepções de infância com base nas compreensões históricas, culturais e sociológicas, evidenciadas por dois autores, Ariès (1981) e Heywood (2004), que se complementam e se contrapõem em questões essenciais acerca dos pequenos. A iconografia, o sentimento de infância e a família perpassam toda a análise aqui empreendida, e como enfoco a criança ambientada no Brasil, pude reunir relatos e comentários de outros autores que evidenciam a trajetória da concepção de infância no País e abordam situações que envolvem a especificidade do ser infantil.

1.1 Breve Histórico das Concepções de Infância

A história das concepções de infância que ora apresento foi traçada com base nas idéias de Ariès e Heywood. Os autores examinam esta etapa da vida de forma muito peculiar e detalhada, enfatizam questões, que se encontram, se aproximam em alguns ângulos e se complementam em diferentes sentidos.
Ariès (1981) explora mediante um prisma histórico as diferentes situações que envolvem a infância, precipita algumas conclusões e restringe suas observações a um conceito de infância negligenciada, que generaliza algumas situações e peca por não enfatizar matizes importantes como a classe social ou dados que extrapolassem experiências de apenas alguns grupos de crianças. Heywood (2004) procura imprimir às

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