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O mundo de comunicação não-verbal entre o paciente psicótico e o analista sobre o inconsciente não-acontecido: a comunicação inicial mãe-bebê
Para Freud, foi a análise dos sonhos- isto é, um fenômeno representacional que serviu de modelo na concepção da regra fundamental para o tratamento das neuroses, a clínica winnicottiana não é calcada sobre um mundo de representar mas sobre o modo de relacionar com outro.
Winncott entende que o analista deve imitar a disponibilidade primária da mãe para o contato com seu bebê, ele trabalha o assunto a partir de duas teorias centrais da sua fase madura, a teoria de objetos e a do si-mesmo verdadeiro e falso. A sua teoria de objeto diz que ao longo do processo de amadurecimento humano, o indivíduo parte de uma situação em que ainda não há objetos para em seguida, relacionar-se com objetos de natureza essencialmente diferente, Winnicott vai chamar a mãe primária de objeto subjetivo, essa identificação primária não significa união de dois indivíduo, e do si-mesmo primário do chão do qual brota a espontaneidade e a criatividade que poderão caracterizar uma vida futura sadia.
A incomunicabilidade do si-mesmo primário com o mundo externo não deve ser confundida com uma outra negatividade comunicacional, a do estado de paz anterior a solidão essencial. É essa negatividade que está implícita na afirmação de Winnicott de que a vida de um indivíduo humano é um intervalo entre dois estados de nao-vida, o primeiro sendo aquele do qual a vida surge, o segundo aquele para onde ela retorna, o bebê ainda não sabe nada, ele pode muito bem vir a aprender a estar a só com a mãe-ambiente, mas ele ainda não tem capacidade alguma de ficar preocupado com a morte. Ficam estabelecidas as condições para que o indivíduo agora já caracterizado pelo si-mesmo primário possa iniciar sempre com a ajuda facilitadora do ambiente, a resolução de novas tarefas integrativas para poder instalar-se no mundo e para um dia poder deixa-lo.
A conquista da