Direito e Politica

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O que de principal há de se considerar nisso tudo é que o fato de não sermos “políticos profissionais” e por vermos por meio da mídia ou pessoalmente a corrupção de nossos especialistas em política, é que hoje em dia a maioria da população não vê sentido no voto ou na participação política, considerando o fenômeno político inútil, acontecimento que é fruto do preconceito de nossa consciência coletiva. No entanto, há algo de muito mais profundo nessa questão que precisa ser compreendido: o fato da maioria dos nossos políticos profissionais serem maus profissionais não torna o fenômeno político sem sentido ou inútil, pelo contrário, estimula, ou deveria estimular os cidadãos a escolherem melhor na hora do voto, que opostamente ao que muitos pensam não é o todo da política. O voto é apenas a ponta do iceberg do fenômeno político que é muito mais amplo (o mesmo que acontece com a norma para o direito). O fenômeno político carrega consigo um poder imenso e absoluto porque deriva diretamente do povo, e é aí que a política difere do Direito, pelo menos em tese. Mas, para que se adquira tal compreensão, de que a política é um fenômeno muito mais amplo é que está nas mãos do povo e não nas de seus representantes, é preciso superar dialeticamente nossos preconceitos enquanto consciência coletiva, e não simplesmente jogá-los fora como sugerem alguns positivistas mais conservadores.

Aceitando a compreensão de que o fenômeno político é um poder que emana do povo, e por isso é muito maior que “apenas” o voto ou uma eleição, o fenômeno jurídico, torna-se um poder que emana da política, e, por conseguinte, do povo também, mas, em escala diferenciada, por isso e que um preconceito surge quando tratamos do Direito. Fomentado pelos juristas e pela consciência coletiva de nossa sociedade, a idéia de que ele está numa redoma e seus membros são quase-deuses está muito enraizada no senso comum, embora isso não seja verdadeiro. A linguagem hermética, a dificuldade de acesso ao

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