Direito de morrer em "Menina de Ouro" provoca polêmica nos EUA
Los Angeles (EUA), 17 fev (EFE).- O sucesso de "Menina de Ouro", filme indicado a sete Oscars, gerou uma polêmica entre os conservadores, que têm problemas morais com o final do filme, e os amantes do cinema, que não querem saber antecipadamente qual é o fim da história.
A mais recente produção de Clint Eastwood é aparentemente inocente e se passa no mundo do boxe, mas seu sucesso em termos de crítica e de prêmios chegou de surpresa.
Além disso, Eastwood tem uma característica clássica e sempre foi mais próximo da ideologia republicana, sendo até amigo íntimo do falecido presidente Ronald Reagan.
No entanto, a próxima edição do Oscar, no dia 27 de fevereiro, provocou uma polêmica com a qual os pugilistas têm muito pouco a ver.
De um lado, estão os críticos conservadores, como Rush Limbaugh e Michael Medved, que, com o apoio de grupos como a Associação Nacional de Afetados na Espinha Dorsal, detestam o final de "Menina de Ouro".
Na outra ponta, estão os amantes do cinema, que estão indignados com o comportamento deste citado grupo. Como resumiu o comentarista Roger Ebert em sua coluna, "os críticos não têm direito de revelar o final de um filme".
E no centro de toda essa polêmica, está a questão da eutanásia.
Em "Menina de Ouro", o velho treinador interpretado por Eastwood tem de decidir se dá um fim à vida da boxeadora que levou à fama e sempre considerou como uma filha, papel de Hilary Swank, também indicada ao Oscar.
No início, o filme se parece mais com "Rocky", mas uma transformação no meio da história faz com que se aproxime mais da produção espanhola "Mar Adentro".
A imprensa mais conservadora descreve o filme de Eastwood como uma espécie de "Million Dollar Euthanasia Movie", um trocadilho com o nome original da fita ("Million Dollar Baby").
Além disso, algumas associações de defesa de portadores de paralisias se juntaram às críticas, como o grupo "Not Dead Yet" (ainda não estamos mortos), que acusa o filme de