Direito canonico

796 palavras 4 páginas
De forma condensada, poder-se-ia dizer que dois foram os institutos máximos legados pela Igreja Católica para a constituição do direito ocidental moderno: a dogmática e o inquérito. A religião floresce dos escombros de Roma como conseqüência do aumento de exigências morais justamente quando a palavra passa a ter também um aumento de significação social e econômica, enfim, “com a crescente importância da vinculação ética do indivíduo em um cosmos de „deveres‟ que permitem prever sua conduta”. Assim, o estabelecimento de relações sociais e econômicas de caráter feudal, de par com a legalização do catolicismo pelo imperador Constantino - no Edito de Tolerância de Milão, de 313 d.C. - vai favorecer o desenvolvimento da Igreja como autoridade religiosa e também temporal após o fim do Império Romano. Assim, a Igreja veio a participar como grande senhor feudal, já que despontou como proprietária de vastas extensões de terra e, por seu poder espiritual e temporal abranger toda a Europa durante o período medieval. A jurisdição eclesiástica passou a ser competente, por exemplo, para julgar todos os casos relativos ao casamento e à maioria dos litígios envolvendo o direito de família. Os cânones são regras jurídico-sagradas que determinam de que modo devem ser interpretados e resolvidos os vários litígios. Mais que regras, são leis, isto é, são verdades reveladas por um ser superior, onipotente, e a desobediência, muito mais que uma infração, é um pecado. Os cânones são os desígnios de Deus, transformados em regras a serem seguidas sem questionamento pelos homens. O “cerco” dogmático começava a se formar. A partir daqui, inicia-se a história da sacralização do direito na Idade Média.
Após intensa atividade jurisdicional, a Igreja passou a considerar o antigo direito romano como legislação viva - embora esparsa -, que deveria ser interpretada por doutores abalizados pelo clero nas universidades, como a de Bolonha, responsáveis pelo sentido oficial dos textos romanos. A

Relacionados

  • DIREITO CANONICO
    1013 palavras | 5 páginas
  • Direito Canonico
    2604 palavras | 11 páginas
  • Direito Canônico
    1831 palavras | 8 páginas
  • Direito Canônico
    1173 palavras | 5 páginas
  • direito canonico
    1226 palavras | 5 páginas
  • DIREITO CANÔNICO
    5844 palavras | 24 páginas
  • Direito canônico
    1804 palavras | 8 páginas
  • Direito Canonico
    4958 palavras | 20 páginas
  • Direito canônico
    515 palavras | 3 páginas
  • Direito Canônico
    1409 palavras | 6 páginas