Dinâmicas do espaço urbano e formas espaciais: o caso de São Domingos e seu entorno (Niterói/RJ)
CAYRES, Gustavo; FRAGA, Marcelle; GUINANCIO, Egle; ANACHE, Bernardo; PINHO, Miguel; QUINTANA, Juliana.
INTRODUÇÃO
Niterói é uma cidade integrante da região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. O município tem uma população 474.000 pessoas e uma área de 129.375 km² (IBGE, 2007). Nosso objeto de estudo envolve três pequenos bairros na região das Praias de Baía de Guanabara. São Domingos, Boa Viagem, e Gragoatá, apesar de juntos representarem uma parte reduzida da área e da população do município, são emblemáticos pelos processos que ocorreram ali, e que nos ajudam a entender a cidade como um todo.
BREVE HISTORICO
Por ocasião da morte em 1816 de D. Maria I, mãe de Dom João VI, o monarca passa parte de seu luto em São Domingos, pouco tempo depois a aglomeração é alçada a categoria de vila , Em 1819 é editado o Plano de Edificação da Vila Real da Praia Grande com projeto de embelezamento em São Domingos e construções de várias ruas na Praia Grande, normas de edificação (gabarito, muros, alinhamentos).
O Ato Adicional à Constituição de 1824, em 1834 elevou-a à condição de cidade e capital da província do Rio de Janeiro e transformou a cidade do Rio de Janeiro, então a capital do Império, em um Município Neutro. A condição de capital trouxe uma série de aparelhos urbanos como a barca a vapor, iluminação pública a óleo de baleia, abastecimento de água e novos meios de transporte para ligar a cidade ao interior da Província.
No ano de 1841 o novo plano urbanístico , indicava o arruamento de Icaraí (tabuleiro de xadrez) e Santa Rosa e outras vias de ligação, como a destruição da gruta que impedia a comunicação da Praia das Flechas a Praia de Icaraí (1849). O plano foi totalmente implementado em 1854, privilegiando a ocupação do Centro de Icaraí.
Em 1904, com a volta da capital para Niterói (transferida anteriormente para Petrópolis com a Revolta da Armada),