DILMA E OS DESAFIOS DO SEGUNDO MANDATO

DILMA E OS DESAFIOS DO SEGUNDO MANDATO
Com 51,64% dos votos válidos, a mineira Dilma Rousseff acaba de derrotar seu conterrâneo Aécio Neves, que teve 48,36%, na disputa eleitoral mais acirrada desde 1989, quando foram restabelecidas as eleições diretas para a Presidência da República.
Até que o Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarasse que estava “matematicamente” reeleita, ainda na noite de domingo, o pleito fora marcado por sucessivas reviravoltas, com os candidatos se revezando na preferência do eleitorado, do início do processo - no período anterior às convenções partidárias - até as horas finais da apuração.
Considerada inicialmente franca favorita, ela viu sua popularidade despencar após as manifestações de rua de junho de 2013. Naquele período, a acreana Marina Silva capitalizava o sentimento de insatisfação generalizada, principalmente entre os mais jovens.
Mas Marina foi abatida em pleno voo pelo TSE, que negou, por questões burocráticas, registro à Rede Sustentabilidade, o partido pelo qual pretendia disputar as eleições.
Dilma parecia recobrar a competitividade, quando Marina se filiou ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), para ser candidata à Vice-presidência da República, na chapa encabeçada pelo ex-governador pernambucano Eduardo Campos. Para muitos, surgia ali a “terceira via”, uma alternativa politicamente viável à polarização PT-PSDB.
A novidade, porém, não vingou. Pesquisas de opinião realizadas após a oficialização das candidaturas mostraram que, passada a euforia inicial, a dobradinha Eduardo Campos-Marina Silva não empolgara: seus índices de intenção de votos não atingiam os dois dígitos. Como Aécio também patinava e parecia já haver atingido o seu teto, àquela altura, a dúvida que consumia os analistas políticos consistia em saber se haveria ou não segundo turno.
Tudo mudou no fatídico dia 13 de agosto, com a queda do avião que conduzia Campos a um compromisso de campanha, em Santos/SP. Morto, ele propiciou à