Dilema mítico de uma ciatura

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“Origens conectivas de uma criatura mítica”

“... não te perturbes, não sejas demasiado impaciente, mas seja teu próprio senhor, e olha para a vida como varão, como ser humano, como cidadão, como criatura mortal... As coisas não atingem a alma, pois são externas e permanecem inamovíveis, mas nossa perturbação vem apenas do juízo que formamos em nós mesmos. Todas essas coisas que vês mudam imediatamente, e não mais serão; e lembra constantemente quantas dessas mudanças, já testemunhaste. O Universo – mudança, a Vida – afirmação.”

A nossa origem e as consequências do “Ser”, o que é o Homem?, essas questões sempre fizeram parte das escolas do pensamento humano, desde os primórdios do pensamento filosófico. Na antiga Grécia indo ao encontro de uma explicação “mítica do Universo” e da origem das principais significações da realidade, essas ideias tentam justificar as relações, seu desenvolvimento e desdobramentos. A mitica grega é marcadamente concebida com características semelhantes ao mundo, relações e modos de vida dos homens daquele tempo. Este saber mitológico "explicava", para a época e para aquele momento histórico, as principais questões da existência da natureza, da sociedade, e consequentemente do próprio Homem. Essa tentativa se perpetuou nas diversas escolas do pensamento humano, passando pela idade média, contemporânea e moderna.
Ainda existe esse estigma da nossa origem e o que é o nosso “Ser”? . O desenvolvimento das ideias e seu impacto no surgimento da ciência, não afastaram a busca por explicações dessas relações, ao contrário, diversificaram ainda mais as possibilidades, e nos levou a mais e aos mesmos questionamentos. Essa busca da mente, construindo símbolos e manifestando-se pela linguagem, se revelam parcialmente e são presentes nos pensamentos de Cassirer, partindo da conceitualização do que é o “ser” e sua diferenciação dos animais, a interpretação da teoria histórica na natureza da filosofia do homem, na idealização do mítico e o

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