Digrafos

Língua Portuguesa I

Capítulo 2: Sistema consonantal do português
Denise Sodré Dorjó
Keila Fernandes Santos

Introdução

No capítulo anterior, estudamos que a fonética e a fonologia não são ciências independentes, pois podem estudar tanto sons produzidos pelos seres humanos quanto a articulação e a percepção desses sons na língua. Temos uma divisão específica na produção de sons do nosso alfabeto, visto que as diferentes formas de entrada e saída de ar de nosso aparelho fonador permitem o estabelecimento de dois tipos de sons: os sons consonantais e os sons vocálicos.
O tema deste capítulo é o som consonantal. Estudaremos a classificação dos sons consonantais quanto ao lugar ou ao ponto de obstrução do ar e pelo modo como o ar é obstruído, vibração das cordas vocais e o papel da cavidade bucal ou nasal. 2.1 Som vocálico e som consonantal

As vogais são fonemas produzidos a partir da passagem livre do ar, enquanto as consoantes mantêm a cavidade bucal total ou parcialmente fechada, constituindo, assim, uma barreira para a saída de ar (som).
Santos e Souza (2004, p. 23) expõem que
Os sons vocálicos (aqui vocálicos está sendo usado para identificar os sons das vogais em oposição as consoantes) são sons produzidos por uma corrente de ar pulmonar egressiva que faz vibrar as cordas vocais normalmente. O que varia nos sons vocálicos é a forma e o tamanho do trato vocal.

Dessa forma, a corrente de ar não encontra obstáculos, quando passa pela cavidade oral, por isso não há fricção. Bechara (2004, p. 60) afirma que
Não são somente as condições fisiológicas que distinguem a produção de sons vocálicos e consonantais, os antigos gramáticos distinguiam as vogais pela sua independência na sílaba. E daí foi atribuída a definição de as consoantes serem um fonema sem existência independente, que só é proferido com uma vogal.

Unitins - UAB 19

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Nas palavras do autor, os sons vocálicos são independentes porque não