Dificuldades de apredizagem
As teorias de Emília Ferreiro foram desenvolvidas em conjunto com Ana Teberosky, pedagoga espanhola. Juntas, produziram um efeito revolucionário nas propostas de superação das dificuldades enfrentadas por crianças em geral, principalmente aquelas que apresentam problemas de aprendizagem.
Assim como Rousseau e Maria Montessori, Emília Ferreiro evita a tese do adultocentrismo, pelo qual a criança era vista como um adulto em miniatura. Ela acredita que a criança é um ser diferente, uma personalidade incompleta que luta para realizar suas possibilidades, embora não esteja consciente do resultado final.
Primeiramente, se a invenção da escrita alfabética resultou de um processo histórico que envolveu a humanidade por longo tempo, isso nos faz reconhecer como é difícil para a criança perceber com rapidez a natureza da escrita.
Alguns educadores explicam as dificuldades e insucessos da alfabetização pela ineficiência dos próprios mestres, dos métodos ou do próprio material didático. Emilia Ferreiro desloca a questão para outro campo, afirmando que a aprendizagem ou alfabetização não é provocada pelo próprio mestre, por suas propostas ou métodos, mas sim, propriamente das crianças que associam sua bagagem de conhecimentos adquiridos a priori, antes de chegar à escola, com aquilo que esta sendo ensinado, resultando assim a construção do conhecimento por seqüência de hipóteses, definido em quatro etapas, a seguir descritas, até que esteja alfabetizada: Nível 1: Pré-silábica:
A criança:
- não estabelece vinculo entre fala e escrita;
- demonstra intenção de escrever através de traçado linear com formas diferentes;
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