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Interpretação Pedagógica das Escalas de Proficiência
Exame Nacional do Ensino Médio – Enem
Prestes a completar 15 anos, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi utilizado para uma série de objetivos entre os quais destacavam-se: (1) conferir ao cidadão parâmetros para a autoavaliação, visando a continuidade de sua formação e sua inserção no mercado de trabalho; (2) criar referência nacional para os egressos de qualquer das modalidades do ensino médio; (3) fornecer subsídios às diferentes modalidades de acesso à educação superior; e, (4) constituir-se em modalidade de acesso a cursos profissionalizantes pós-ensino médio.
Em 2009, o exame passou por uma profunda reestruturação que redefiniu suas matrizes de referência e o tamanho da prova. A partir de então, o Enem passou a contar com quatro áreas de conhecimento, e cada uma com matriz de referência própria, composta por 30 habilidades. As matrizes de referência são os documentos que servem de base à elaboração dos itens (ou questões) que compõem as provas. Os itens são a unidade básica do instrumento de medida. As mudanças implementadas no exame contribuíram para a democratização das oportunidades de acesso às vagas das Instituições Federais de Ensino Superior, e também para a mobilidade acadêmica e para induzir a reestruturação dos currículos do ensino médio.
Desde a edição de 2009, a proficiência dos participantes do Enem é estimada por meio da Teoria de Resposta ao Item (TRI). Mais que estimar as dificuldades dos itens e as proficiências dos participantes, essa metodologia permite que os itens de diferentes edições do exame sejam posicionados em uma mesma escala, que é uma métrica ou uma régua. Uma vez realizado esse posicionamento na régua, a interpretação das características pedagógicas do item pode contribuir para uma análise qualitativa das habilidades que os participantes já dominam e daquelas cujo domínio eles ainda estão construindo.
Cada uma das quatro áreas do conhecimento