didatica
A palavra Didática se associa a arrumação, ordem, logicidade, clareza, simplificação e costuma, portanto também conotar limitação.
Muitos manuais de Didática estão cheios de itens e sub itens, regras e conselhos: o professor deve, o professor não deve e ficam portanto, muito próximos dos receituários ou listagens de permissões e proibições.
Com tanta didática hoje, enriquecida pela psicologia e por toda a tecnologia do ensino, como explicar que o ensino continue piorando sempre.
Aliás estarão eles sendo utilizados ? E se realmente estão, haverá em seu emprego uma dose mínima de consciência, de adequação, de espírito, de busca e pesquisa?
Como saber também se o caos do ensino seria bem maior, sem as tentativas de reformulação, sem os cursos de reciclagem, sem as pós-graduações em Educação?
O momento pedagógico é dos piores, reflete os problemas da sociedade doente, inflacionada, violenta, desigual. Não adianta, pois, esperar milagres da Didática. Enfrentar o amanhã com as armas de ontem é garantir, previamente, a derrota. Desistir de lutar, sob o pretexto de falta de equipamento, é covardia. Não há verbas, não há material, mas o recurso humano, o mais válido, existe.
De um professor de Didática espera-se que seja pelo menos um didata, não na acepção vulgar da palavra, mas no sentido de reconhecer que suas atitudes valem bem mais que suas técnicas.
Uma Didática de vida estaria a frente de qualquer Didática. Parte-se do pressuposto de que se a Didática se alicerça na psicologia da aprendizagem e se alimenta da tecnologia do ensino, nada impede o seu enriquecimento ou extrapolação na dinâmica da criatividade.
Por certo, praticando a criatividade, professores e alunos não se tornarão melhores, mas é possível que se preparem um pouco mais para o futuro, que transfiram mais facilmente as aprendizagens de hoje para o contexto de amanhã.
Opta-se pela crença de que a boa Didática é a que incentiva a produção e não a reprodução, em lugar da