DIAGNOSTICO DE CHAMA POR ESPECTROSCOPIA DE EMISS O NATURAL

DIAGNOSTICO DE CHAMA POR ESPECTROSCOPIA DE EMISSÃO
NATURAL
FLAME DIAGNOSTIC BY NATURAL EMISSION SPECTROSCOPY
Danilo Almeida Machado¹, Dermeval Carinhana Junior².
¹Campus de Guaratinguetá - Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá – Física – [e-mail]
FINEP/CNPq.
²
Instituto de Estudos Avançados, São José dos Campos, SP.
Palavras chaves: temperatura rotacional; quimioluminescência; combustão.
Keywords: rotational temperature; chemiluminescence; combustion.

1.INTRODUÇÃO
Os métodos convencionais de determinação de temperaturas de chamas, como termopares, são limitados para temperaturas até cerca de 2000 K. Acima desse valor, os materiais atualmente disponíveis sofrem processos de oxidação que impedem a obtenção de medições confiáveis. Nessas situações, métodos não-intrusivos, como a análise espectral da radiação emitida pelo sistema, têm sido empregados como uma alternativa viável [1].
A radiação proveniente de uma chama contém as informações necessárias para estudar as características da região onde ela foi gerada, como a temperatura onde a reação ocorreu.
Dentre os tipos de chama, a que maior apresenta interesse acadêmico são as do tipo pré-misturas, em função de apresentarem maior possibilidade de controle de suas condições de queima. Neste tipo de chama, há formação de duas regiões bem distintas. Sua parte inferior é conhecida como cone interno, cuja origem está fortemente associada à alimentação primária de oxigênio proveniente do queimador. O cone externo, por sua vez, é resultante em parte da combustão com o oxigênio presente na região em torno da chama, conhecido como comburente secundário. As emissões das espécies C2*, CH* e OH* se encontram predominante no cone interno da chama, por ele concentrar a maior parte da alimentação proveniente do comburente primário. Em conseqüência, as reações químicas se concentram nesta região chama. Dentre as espécies presentes em uma chama de hidrocarboneto, destacam-se os radicais C2*, CH* e OH* por