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embora escassos. Equivalem a menos de 0,05% da população. O país só favorece o privilégio da nata em detrimento dos direitos da plebe tida como ignara. A história transcorre, as políticas públicas sucedem-se, mas as iniquidades continuam.
Iludida pelo anúncio de questionável mobilidade social, a pobreza é levada a acreditar que subiu de degrau. Enquanto não se dá conta do engodo de que é vítima, crê gozar, mas engana-se. Busca relaxar, mas contrai-se. O endividamento avassalador que sustenta o consumismo, estratégia capitalista bem-sucedida, tira o sono do cidadão. Espalha o pavor da inadimplência. No atual modelo de sociedade — ditadura econômica globalizada —, a distribuição de renda é falaciosa. Opera na lógica marqueteira do refrão. De tanto ser repetida, assume aparência de verdade. Populariza o crédito sedutor com a atraente moldura de pretensa conquista democrática que confunde qualidade de vida com quantidade de dívida. Os donos do dinheiro comandam o espetáculo. Quanto mais endividam o povo, mais aumentam o capital. As classes sociais seguem as mesmas. Ricos, remediados, pobres e miseráveis compartilham desigualmente a riqueza nacional. Aos primeiros, a abundância. Aos últimos, as migalhas. A economia é emergente, mas a realidade é imergente na injustiça.
A desigualdade social, que deveria envergonhar a nação, é implantada já na primeira infância, isto é, nos primeiros seis anos de vida, período em que a negação de direitos danifica, de forma irreversível, a essência da individualidade. Afeta o ser humano em fase de diferenciação do equipamento orgânico indispensável à cidadania plena — o cérebro. De nada valem predisposições genéticas favoráveis, inscritas no âmago das novas criaturas, se as condições ambientais necessárias à sua expressão não forem asseguradas no momento preciso. Operado tal estrago, não há bolsas ou outras bondades estatais que possam restabelecer a igualdade destruída na origem da vida.
A criança normal nasce com 100 bilhões de

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