Desinformação no Fotojornalismo – Caso Emily

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Diariamente os jornais impressos trazem consigo uma pilha de conhecimentos despejados em textos em que os componentes dos fatos são classificados em bem e mal, mocinho e bandido. A quantidade de informação é alta, mas na maioria das vezes, a apuração é escrita de maneira descontextualizada, incompleta e retalhada. Devido a grande quantidade de informações a qual o leitor é exposto, a percepção se faz pela imagem. A primeira vista, a fotografia é o censor responsável em separar o que ler daquilo que deve ser ignorado. Dentro desse processo, o fotojornalismo atua, cada vez mais, como ponto de referência na escolha da notícia a ser lida.
No livro Jornalismo e Desinformação, Leão Serva fala da saturação da informação, onde o leitor torna-se passivo diante de tanta repetição ou do anúncio de informações num turbilhão desarticulado. O espectador perde a noção de análise e se desencontra num refluxo de contexto repetitivo, onde tudo é rotina, por mais ou menos valioso que seja. Um exemplo dessa saturação é o caso da menina Emily, assassinada em frente de casa no último dia 23 de maio.
Serva diz que "em um mundo cada vez mais governado por regimes 'midiáticos', em que pesquisas de opinião determinam políticas de Estado, o efeito desinformaste do jornalismo (...) se baseia em fatos recentes e objetivam efeitos de curtíssimo prazo".
Muitos dos jornais impressos como A Tribuna, Diário do Litoral, Expresso Popular, Diário de S. Paulo e entre outros agiram de maneira sensacionalista, superficial e tendenciosa (cada um querendo impor seu ponto de vista: penas mais duras, revisão da maioridade penal, culpar a sociedade, etc.), sem levar a fundo esse debate. Eles criam a comoção para que, logo em seguida, o caso Emily suma do noticiário.
Durante a semana do crime, o conteúdo das matérias era sempre sem nenhum aprofundamento (mudam apenas o lead de acordo com o andamento do caso, o restante da matéria uma “cozinha” daquilo que já havia sido publicado).
Neste caso o papel da

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