Desigualdade socail

Partindo da constatação de que a análise da desigualdade social baseia-se em estudos de estratificação e mobilidade social dos indivíduos na hierarquia econômica e política em uma determinada sociedade, e que as adscrições raciais no Brasil implicam desigualdades sociais, o presente artigo tem por objetivo analisar alguns indicadores que revelam a dimensão das desigualdades raciais no Brasil, bem como suas principais vertentes no âmbito da atualidade, identificando assim a discriminação da cor enfrentadas na sociedade brasileira e a falta de oportunidades e acesso a educação e mercado de trabalho, por serem vitimas de preconceito em nossa sociedade.
Por estratificação social, entende-se um sistema de organização social de organização na sociedade em grupos, indicando a existência de diferenças, de desigualdades entre pessoas de uma determinada sociedade, ou seja, que ocupam posições diferentes. Isso significa que os indivíduos e grupos possuem acesso diferenciado às recompensas valorizadas na sociedade, de acordo com sua posição na hierarquia socioeconômica e política no sistema de estratificação. As teorias de estratificação social foram bastante influenciadas pelo funcionalismo, seja utilizando-o como suporte para suas hipóteses, ou como parâmetro para o desenvolvimento de abordagens criticas e alternativas. Nos estudos de estratificação social e de mobilidade, existem algumas abordagens que buscam analisar as desigualdades sociais como um fenômeno inerente a vida coletiva, por exemplo, a abordagem funcionalista cujos principais representantes são Talcott Parsons, Kindgsley Davis e Wilbert Moore, sustenta sua posição na idéia de que com a modernidade e com a perda do poder nas tradições sobre os interesses individuais, temos uma sociedade que busca privilegiar o mérito individual. Para essa vertente, o critério de divisões de bens nas sociedades estaria ligado ao mérito individual, à sua qualificação adquirida através da educação formal, dessa forma, a educação