Desenvolvimento da Malha Urbana do Município de Sombrio

A colonização do município de Sombrio se deu em uma faixa de terras de uma a duas léguas, a contar do oceano em direção a serra. A princípio a região era ocupada por índios Xoklengs e Carijós. Conforme Farias (2000), “a ocupação humana de Sombrio é tão antiga quanto a presença dos indígenas no litoral catarinense [...] já havia índios na região litorânea de Santa Catarina há pelo menos 1.500 anos”. Os tropeiros que saíam de Laguna com destino ao estado do Rio Grande do Sul, buscavam descanso sob as imensas sombras das figueiras, daí o nome da cidade, somente em 1820 surgiu o vilarejo que deu origem a Sombrio. Bem mais tarde, em 30 de dezembro de 1953, a emancipação aconteceu, quando a Mesa da Assembléia Legislativa, sob a presidência do deputado Volney Colaço de Oliveira, promulga Lei nº 133 criando o município de Sombrio, pois desde 1880 pertencia à Araranguá, tornando-se Distrito em 1914.
A colonização da região aconteceu lentamente, no inicio do século XX, o português João José Guimarães juntamente com sua família foi o primeiro habitante a instalar- se as margens de um grande lago, hoje então denominada Lagoa de Sombrio. Eles receberam total apoio do governo catarinense, pois o mesmo tinha interesses em colonizar as áreas próximas ao Rio Ararangua, o mais rápido possível.
O maior interessado em disponibilizar as terras devolutas para a colonização era o próprio Governo. Quando aparecia alguém dizendo que queria determinada área para produzir ou criar gado, aquela situação logo se resolvia. As taxas cobradas erram irrisórias. Áreas imensas eram dadas em troca de pagamento de alguns selos que seriam usados para legalizar a papelada. Ter origem portuguesa facilitava sobremaneira a agilização dos processos. Em meados dos séculos XIX, começaram a imigrar para o Brasil famílias de outras nacionalidades, como alemães e italianos, e a coroa Português, é claro, tinha interesse que a maioria das terras do Império ficasse com seus patrícios. (COELHO, 2003, p. 243)