desenvolvimento comunitario

A questão da pobreza e o contributo da Antropologia
O termo pobreza está associado a situações de carência, seja de acesso a recursos como alimentação, habitação, dinheiro, etc. Ou seja a possibilidades de valorização das pessoas na educação e serviços culturais. (Costa e Silva, 1985,1989 apud. Carmo, 2007).
Segundo (Carmo, 2007;128) “a pobreza é uma questão que vem desde as sociedades antigas, vê se alastrando ate a sociedade contemporânea. Sendo um problema de todos os tempos a questão da pobreza ganhou particular relevância na actualidade devido a conjugação de vários factores, agrupados em duas macrotendencias.”
O agravamento da qualidade de vida de substanciais massas populacionais em virtude da explosão demográfica, de uma politica de ajuda ao terceiro mundo com efeitos perversos de endividamento dos países mais pobres, do consequente alargamento do fosso que separa os países ricos e pobres, da concentração dos emigrantes pobres em países ricos, da ocorrência de conflitos armados com recursos a meios letais extremamente eficazes, aos efeitos das politicas neoliberais etc.
A maior visibilidade da situação dada pelos meios de comunicação social, acompanhada, no entanto, por fenómenos de nevoeiro informacional (sobre-informação, sub- informação e pseudo -informação), o que tem por vezes condicionado os operadores de comunicação a desempenhar, voluntarias ou involuntariamente, o papel de porta-vozes ou caixas de ressonância de estereótipos, preconceitos e medos.
Este posicionamento na agenda internacional pode ser facilmente ilustrado pelo relatório da UNICEF de 1994, o qual identifica a pobreza como um dos quatro macro-problema da humanidade, os quais interagem num processo de realimentação mutua, Este processo, apresentado sob forma diagramada, é identificado por espiral PPA (P de pobreza, P de população e A de ambiente) a qual interage com uma quarta variável, que é a instabilidade. Com forme se verificou no mesmo relatório