Descobrindo a língua escrita antes de aprender a ler

A resenha descritiva foi realizada baseada no capítulo “Descobrindo a língua escrita antes de aprender a ler: algumas implicações pedagógicas” de Lucia Browne Rego, publicado na Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos 156, Vol.66, jan./abri., INEP, 1985, e compõe um dos capítulos do livro “A concepção da escrita pela criança.” Organizado por Mary Aizawa Kato (Campinas: Pontes, 2002, p.105-134.)
O capítulo está subdivido em introdução, desenvolvimento separado em quatro subtítulos: “A descoberta das funções da língua escrita”, “A leitura e a escrita de histórias”, “A leitura e a escrita de nomes”, “O papel das descobertas anteriores durante o processo de alfabetização”, e conclusão final.
O estudo realizado por Rego (1985) trás como principal assunto o processo da aquisição da língua escrita e oral das crianças, que é iniciada antes da inserção no mundo escolar. O estudo identifica que esse processo é iniciado, em muitos casos, no meio social em que a criança está inserida, principalmente no âmbito familiar, em contextos comunicativos, em que a linguagem se faz presente para que se estabeleça uma relação entre os indivíduos, a língua se torna significativa, e o seu uso se faz necessário, pois como Maciel (2009) apresenta em seu estudo, vivemos em um sociedade grafocêntrica, em que a escrita e a leitura são instrumentos de inserção cultural e social na sociedade.
Alguns autores como Ferreiro e Teberosky (1979) são usados como referenciais teóricos, e dão base para identificar que crianças que ainda não estão inseridas no contexto escolar, já apresentam conhecimento acerca de leitura e escrita.
A forma como são realizadas esse processo de aquisição da língua no meio social são diferentes do ambiente escolar, o estudo mostra que na escola o conhecimento é transmitido de forma mais didática, e em muitos casos, o conhecimento de mundo da criança não é levado em consideração no momento da aprendizagem, e dessa forma a criança em alguns casos, não tem êxito nesse