Descartes

Introdução
O exórdio do livro leva-nos a conhecer um pouco mais sobre a vida e obra de René Descartes e as suas hipóteses sobre alguns assuntos.
O filósofo estudou humanidades e filosofia no colégio jesuíta de La Flèche e depois fez sua licenciatura em Direito pela Universidade de Poitiers.
Depois de – por motivos desconhecidos – ter ingressado no exército holandês sob o comando do príncipe Maurício de Nassau, em 1918, René conheceu Isaac Beeckman e suas preferências foram das humanas para as exatas.
Ambicioso, o jovem Descartes embarca na tentativa de encontrar um método geral para resolver todos os problemas de geometria. Todavia, ele desejava ir além. E concebe a ideia de atinar um método que resolveria todos os problemas com que o espírito humano pudesse se deparar. Nesse trecho do livro, nós também podemos ver o que Descartes pensava sobre a filosofia e essa incansável busca pela sabedoria. Ele disserta muito sobre a existência humana e leva-nos a uma máxima: “Penso, logo existo.”.
“Chama-se método a ordem que o pensamento deve seguir para alcançar a sabedoria e conforme à qual ele pensa em certo momento que a alcançou.” É dessa forma que ele explica o que seria o método.
Mesmo falando sobre filosofia, física, metafísica, ou até mesmo tentando comprovar a existência de Deus, Descartes usa muita de argumentos lógicos e matemáticos para comprovar esses fatos. O método tem muito a ver com essa área e ele o “reduziu” em quatro passos:
I. Não admitir nada que não seja evidente;
II. “Destrinchar” o problema;
III. Por os pensamentos em ordem crescente de complexidade;
IV. Enumerar todos os dados do problema e revisá-los.
O discurso em si pode ser considerado como um manual da razão ou um prático “modo de usar”.

Primeira Parte
Nessa primeira subdivisão do livro, o filósofo diz que não procura fazer com que todos sigam o método utilizado por ele para conduzir a razão, ao contrário, pretende apenas mostrar como ele conduziu.
Ele mostra nesse capítulo