Desastres

Exposição do Problema

Uma das maiores catástrofes ecológicas do mundo, um vazamento de dioxina contaminou cerca de 320 hectares, atingindo milhares de pessoas e animais, em Seveso, na Itália.
Conhecida como TCDD, a dioxina é mil vezes mais tóxica do que o composto letal cianeto de potássio (cianureto). Apenas 200 gramas desse veneno foram capazes de contaminar 2200 toneladas de terra.
A palavra Dioxina, até então não conhecida pela população, foi citada apenas após nove dias do acidente, quando começaram a ser hospitalizadas crianças com diarreia, enjoos e irritação na pele.
Em média 1.800 hectares de terra estavam contaminados e as mortes se espalhavam entre os animais. O solo teve de ser removido por causa da contaminação e lacrado em duas bacias de concreto do tamanho de um estádio de futebol. O conteúdo do reator era tão grande que foi preciso utilizar 41 galões para tratamento final.
A interdição da fábrica somente foi decretada após a nuvem havia atingido cerca de 30 mil moradores da redondeza.

Por que Houve?

Na fábrica era necessária uma mistura dos três componentes químicos em um reator de: tetraclorodibenzeno, etilenoglicol e hidróxido de sódio. Quando as válvulas estavam abertas era necessária a presença de controladores para o controle quando o reator estivesse completo, neste caso, o fechamento das válvulas mantinha o reator aberto. A mistura reagia e liberava calor (reação exotérmica), que causava a elevação no reator. A diminuição da temperatura somente era feita manualmente.
No dia do acidente, 10 de julho de 1976, um sábado, na fábrica não havia operador e erroneamente os três componentes foram deixados em um dos reatores da empresa. A reação espontânea logo elevou a pressão e temperatura no reator. O painel de controle indicou a necessidade de refrigeração, porém tinha que haver um funcionário para fazer manualmente e assim, com a elevação da pressão a válvula se rompeu automaticamente e a dioxina foi liberada para a atmosfera.