Desafios do cuidar em saúde frente à resistência
Os antibióticos são produtos do metabolismo secundário de microorganismos que inibem o processo de crescimento de outros microorganismos, inclusive utilizado em baixas concentrações. A inibição do crescimento de um microorganismo por outro em cultivo misto é conhecido há muito tempo. O mais famoso exemplo é a inibição do crescimento, que foi observada por Alexander Fleming em 1929, em seu laboratório, quando descobriu um agente antibacteriano produzido por um Penicillium. Quando observava algumas colônias de estafilococos que cresciam em placas de Agar que se haviam contaminado com fungos do ar, observou que as colônias nas vizinhanças de um fungo se mostravam translúcidas. Elas estavam sofrendo um processo de lise. Fleming fez crescer o Penicillium sobre a superfície de caldo nutriente e verificou que uma substância antimicrobiana era secretada no meio. A esse caldo deu o nome de penicilina.
O número de antibióticos descritos continua aumentando, devido aos programas intensivos de busca em todos os países industrializados. Em 1961 eram conhecidos 513 antibióticos, 4.076 em 1972, 7.650 em 1985 e atualmente ao redor de 8.000. Além disso, têm sido detectadas em liquens, algas, animais superiores e plantas, em torno de 3.000 substâncias com atividade antibiótica.
1.2 – Grupos microbianos que produzem antibióticos
Os antibióticos são produzidos por bactérias, actinomicetos e fungos.
Entre os fungos, somente os antibióticos produzidos por Aspergillaceae e Moniliales são de importância prática. Os compostos isolados a partir de basidiomicetos não têm uso prático.
Entre as bactérias, existem muitos grupos taxonômicos que produzem antibióticos. Maior variedade em estrutura e número de antibióticos é encontrada nos actinomicetos, especialmente no gênero Streptomyces. Outro importante grupo de substâncias são os antibióticos peptídicos, produzidos por bactérias do gênero Bacillus.