Desafio da família contemporanea
1. Introdução Desde os anos noventa já se previa uma redução do número de componentes das famílias, um aumento do número de divórcios e recasamentos, um maior número de mulheres trabalhando para sustentar o lar, aparecimento de casais de dupla carreira, entre outros. Frente a essas novas configurações e estruturas não se pode mais falar de um conceito único para família, mas sim de uma ampliação desse conceito e além disso de uma aumento de suas implicações na sociedade, e consequentemente na necessidade de aceitar e conviver com o diferente. A influência do ambiente torna o indivíduo um ser dinâmico, que vive em constantes relações e se encontra em uma realidade com valores, crenças, ações e reações diversas, que se formam e transformam o tempo todo. Portanto a evolução da sociedade está relacionada com essas mudanças na configuração e estrutura. Para fim de decifrar os desafios da família contemporânea os pressupostos definidos pela Escola Estrutural consideram os conceitos de configuração, estrutura, fronteira, sistema, subsistema e papéis como fundamentais para o entendimento da família.
2. Configuração e Estrutura Familiar As configurações familiares são as relacionadas com o conjunto de personagens que fazem parte do núcleo familiar. Essas configurações variam desde as famílias mais tradicionais, configurada por pai, mãe, filho e filha definido pela consanguinidade e parentesco, até as mais complexas que fazem parte da nossa atualidade. Classificar quem faz parte da família não é mais uma tarefa simples, tendo em vista que a consanguinidade, fator mais importante na definição da família, passa a dar espaço para outros fatores como o parentesco, a coabitação, a afinidade, etc. Ultrapassando os fatores biológicos e legais. Minuchin (1990) caracteriza a estrutura familiar como “um conjunto invisível de exigências funcionais que organiza a interacção dos membros da mesma, considerando-a