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Filosofia da ciência: considerações críticas sobre a ciência e implicações educacionais

O motivo principal que conduz a indagar sobre aspectos da natureza da ciência é diretamente vinculado à abordagem perseguida até o presente momento. Ao discutir certos fundamentos da educação em ciências sugere-se o forte relativismo que acompanha o ensino do conhecimento científico. Ora, isso implica perguntar sobre os nexos entre elementos empíricos, dados, entidades e teorias científicas para aclarar os elementos constitutivos das ciências naturais e experimentais e suas implicações educacionais.
Perguntas relativas a tópicos que professores de ciência e seus alunos fazem (e muitas vezes não são respondidas) devem ser abordadas por essa exposição: quais são os objetivos da pesquisa científica e como tratar a realidade de entidades e mecanismos teóricos postulados pelas teorias científicas para explicar fenômenos ou eventos observáveis?
Nossa abordagem é a de buscar traçar certos pontos nucleares de um debate tradicional no pensamento, o qual adquire certa singularidade no âmbito da ciência. Nesta última, seja pela perspectiva da filosofia da ciência ou de alguns debates entre cientistas, empiristas e realistas dividem o cenário das reflexões sobre o caráter do conhecimento científico.
Em termos preliminares, torna-se necessário assinalar que cada movimento filosófico é definido por princípios que regem aspectos fundamentais e que constantemente recorrem em seus argumentos. Mas, ao longo do desenvolvimento histórico usualmente esses princípios são alterados e adquirem novas formulações, ora limitados, ora expandidos e frequentemente sofrendo consideráveis mudanças.
Além disso, é necessário chamar atenção para certa imprecisão linguística: a delimitação de certos conceitos é imprecisa na linguagem e o alcance dos termos muitas vezes não se referem aos mesmos conceitos.
Aceitando as dificuldades impostas por tais limitações e a necessidade de certa simplificação

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