Demencias
PARECER Nº 02 / 2010
ASSUNTO: Adequação técnico-científica da admissão das pessoas com demência nas unidades de dia e promoção da autonomia da RNCCI (art.º 21 do Dec. Lei. 101/2006 de 6 de Junho)
1. A questão colocada Adequação técnico-científica da admissão das pessoas com demência nas unidades de dia e promoção da autonomia da RNCCI (artº 21 do Dec. Lei. 101/2006 de 6 de Junho). 2. Fundamentação DEMÊNCIA A demência constitui uma situação adquirida e permanente de défice das faculdades mentais, onde se incluem as capacidades cognitivas, que integram a senso-percepção e a comunicação, as capacidades afectivas e volitivas, o comportamento e a personalidade (Barreto, 2005). Apesar das manifestações centrais da demência serem o declínio cognitivo e funcional, serão porventura os sintomas comportamentais e neuropsiquiátricos os mais debilitantes, perturbadores e difíceis de tratar (agitação, agressividade física, actividade delirante, desorientação, deambulação) e também aqueles que causam maior stress ao doente e seus cuidadores, colocando questões específicas relativamente aos cuidados à segurança do doente. Os sintomas conduzem a uma diminuição da qualidade de vida, a um aumento do custo dos cuidados, a um declínio cognitivo rápido e uma enorme sobrecarga para os familiares cuidadores. Estudos efectuados nos Estados Unidos apontam para uma associação entre o stress do prestador de cuidados e a institucionalização precoce do doente, o aumento do risco de cuidados inferiores aos cuidados padrão, e o aumento do risco de negligência ou de abuso do doente (Kalapatapu & Neugroschl, 2010). A DOENÇA ALZHEIMER Em Portugal, estima-se que no ano de 2010 existam cerca de 70 mil doentes com doença de Alzheimer (Leuschner, 2005). Neste contexto, espera-se que, nos próximos 30 anos, os valores de prevalência e