Defesa boate kiss

DEFESA DOS PROPRIETARIOS DA BOATE KISS
Elissandro Spohr, O Kiko
Mauro Hoffman
O sinalizador
Os donos da boate sabiam que haveria show pirotécnico, o que eles não sabiam é que os integrantes da banda utilizariam um artefato inadequado. Segundo o delegado Regional de Santa Maria (RS), Marcelo Arigony, a banda teria utilizado um sinalizador mais barato, próprio para ambientes abertos, para economizar, esta custa R$ 2,00 a unidade e solta faíscas de aproximadamente quatro metros de altura, deve ser colocado no chão para ser aceso, libera grandes quantidades de fumaça e as pessoas devem ficar a pelo menos dez metros de distancia do artefato. Enquanto o sinalizador próprio para shows pirotécnicos em ambiente fechado custa em torno de R$ 70,00. A banda Gurizada Fandangueira foi contratada para fazer o show e é responsabilidades da mesma fazê-lo com segurança, o que não parece ter sido preocupação dos integrantes. Os músicos foram imprudentes ao utilizar o Sputnik, pois sabiam dos riscos, por isso foram indiciados por 241 homicídios dolosos qualificados e 623 tentativas do mesmo crime, responderam também por delito de incêndio, o que deixa claro sua culpa na tragédia.
A espuma
A espuma utilizada pelos donos da boate era utilizada em diversos outros estabelecimentos. Os catadores de lixo são testemunhas desse fato, contam os mesmos que após o incêndio ocorrido na boate Kiss, encontraram enormes quantidades de espumas jogadas fora pelas demais empresas que a adotavam, dois dos catadores afirmam terem coletado cinqüenta sacos de espuma.
Além do mais, nenhum órgão de fiscalização notou a presença das espumas inadequadas. Os bombeiros examinavam apenas hidrantes e saídas de emergência. Os fiscais da prefeitura não sabiam reconhecê-la e ate mesmo o Conselho de Engenharia e Agronomia do RS, tomava conhecimento desse material apenas em caso de denuncia. Se os órgãos competentes não tinham conhecimento desse material, afirmo que menos ainda os proprietários, que utilizaram