Debate historiográfico

Ao longo da história fomos percebendo que a construção de uma identidade comum a todos, era levada como uma proposta cultural/ religiosa para todos os integrantes de uma mesma sociedade. Independente da escolha de uma tradição, uma história perpetuada em uma sociedade, nos mostra hoje, o ritmo de vida não só do grupo em questão (a sociedade dada como exemplo), mas também de um conjunto de práticas de outros segmentos sociais. Com isso, percebemos que através dos estudos de um grupo, vemos que é possível elaborar novas hipóteses, que desvelam e justificam hábitos de grupos humanos, que a priori nos basearemos na questão principal, acerca dos Mitos, que muitos historiadores/ pesquisadores e mitógrafos nos trazem para o mundo contemporâneo.
Segundo o Professor Luis Felipe Bantim de Assumpção, na sua pesquisa do NEA, sobre o “O Mito de Pélops e o Peloponeso Grego”, entendemos que o mito nos transmite ainda hoje: valores, práticas e hábitos de grupamentos sociais. Corroborando com esta ideia, a Prof.ª Maria Regina Candido, nos apresenta uma definição de Mito tanto quanto satisfatória para a ideia de Assumpção como:

“[...] um relato vindo de épocas passadas e nesse sentido, o relato mítico não resulta de uma intervenção individual e nem da fantasia criadora, mas da transmissão de valores e da memória de uma sociedade” (CANDIDO, 2007:17).

Semelhante à Walter Burkert, Candido estabelece ainda um conceito de Mito à realidade de forma secundária. Ela, portanto, nos mostra que o Mito, pode nos revelar “episódios e acontecimentos que vinham marcando uma sociedade através dos tempos” (CANDIDO, 2007:56). Ou seja, o Mito estaria relacionado a acontecimentos históricos que perpetuaram até chegar ao estudo em questão.
Indo além do que tive como basilar da proposta do estudo, Irad Malkin tem uma “definição” do que seria o “Mito Territorial”, que reverbera positivamente, no estudo, da