De Leônidas a Neymar, de Barbosa a Dunga: Ídolos e anti-ídolos brasileiros na história das Copas do Mundo

2483 palavras 10 páginas
De Leônidas a Neymar, de Barbosa a Dunga:
Ídolos e anti-ídolos brasileiros na história das Copas do Mundo

Heitor Collet

2014

Resumo
Este trabalho é o início de um estudo sobre a construção da identidade nacional a partir da formação da figura dos ídolos e anti-ídolos do futebol brasileiro na história das Copas do Mundo. Nessa linha, o objetivo é fazer uma breve análise, a fim de observar de que maneira se dá o fenômeno de edificação dessas figuras que mantém-se no imaginário popular de formas e em tempos diferenciados.
Palavras-chave: memória, história, futebol, copas, ídolos e identidade.

As Copas do Mundo e o meu "mundo" nas Copas

Copa do mundo de 1990. O Brasil vinha de uma campanha não muito vistosa na primeira fase, com vitórias não convincentes sobre as medianas seleções de Suécia, Escócia e Costa Rica, respectivamente. Nas oitavas de final, o próximo desafio seria a nossa eterna arqui-inimiga Argentina, que se classificara no sufoco em terceiro lugar em um grupo que tinha também mais três supostos "medianos" plantéis: as seleção de Camarões, Romênia e União Soviética.
No dia 24 de junho, três dias antes do meu aniversário, meu pai sugeriu que fizéssemos um almoço de comemoração antecipada, com bobó de camarão, tios, primos, amigos e televisão na varanda. Acredito que ele estava confiante na vitória brasileira sobre a então desacreditada seleção da Argentina e que, dessa forma, cumpriria sua promessa de redenção, feita quatro anos antes na copa de 1986, exatamente no dia da festa do meu aniversário (que, inclusive, tinha como tema o "Brasil, iu, iu"). Zico havia perdido um pênalti contra a França de Platini (nação que, no futuro, causaria em mim ainda duas grandes frustrações com o carrasco Zizou e com o "meião" do Roberto Carlos) e o Brasil fôra eliminado nas quartas-de-final.
Admito que foi com um certo desespero que vi o Maradona "machucado" fintar o

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