David Ricardo

DAVID RICARDO

Teoria da Renda da Terra A renda da terra, segundo Ricardo, é aquilo que é pago ao proprietário da terra pelo o uso das forças indestrutíveis e originais do solo. Para ele, se um país tem muitas terras férteis e produtivas e se o contingente populacional consegue sustentar-se apenas com o uso dessas, então, não haverá renda de terra. Isso ocorreria por causa da abundância dessas terras férteis; não haveria necessidade de pagar, pois haveriam ainda muitas terras à disposição para serem cultivadas. Assim, se todas as terras tivessem as mesmas características e fossem ilimitadas, seu uso nada custaria. Por conta disso não ocorrer, e também pela necessidade, é que terras menos produtivas e de qualidade inferior são cultivadas e, consequentemente, a renda é paga pelo seu uso. Porém, essa renda só é paga para as terras de melhor qualidade; a pior terra de um país não possui renda da terra. Quanto mais terras de qualidade inferior precisarem ser cultivadas, mais as melhores terras aumentam a sua renda. Exemplificando: se, em um país, terras de segunda qualidade precisarem ser cultivadas, automaticamente as terras de primeira qualidade adquirirão renda da terra. E, por sua vez, se terras de terceira qualidade também precisarem ser usadas, as primeiras terras aumentarão suas rendas, as de segunda passam, agora, a ter uma renda e a de terceira qualidade não possuirá renda alguma. Se só terras de melhor qualidade forem cultivadas, o preço dos produtos será ajustado de acordo com a quantidade de trabalho, como qualquer outra mercadoria, e será o mesmo para todos. Agora, quando se inserem terras de qualidade inferior, o valor desses produtos aumenta, uma vez que a quantidade de trabalho necessária para produzir os produtos agrícolas será maior, e a quantidade de produto produzido será menor. O ajuste do valor desses produtos é definido pelas terras de menor qualidade. Portanto, o preço tem de ser