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A Revolta de Filipe dos Santos (Vila Rica)

Movimento nativista, ocorrido em 1720, na então Real Capitania das Minas de Ouro e dos Campos Gerais dos Cataguases, no período colonial brasileiro.

A Revolta de Vila Rica, como também é chamada, foi um dos precursores da Inconfidência Mineira ,os integrantes desta revolta contestavam os aspectos específicos do pacto colonial, não a dominação integral da Metrópole.

Contexto histórico

A Região mineradora já era marcada por grandes “agitações”, tais como a Guerra dos Emboabas e as constantes contestações dos habitantes devido a rigorosa política de impostos portuguesa sobre a população em geral.

A opressiva tributação que refletia a rigorosa política fiscal da metrópole resultava, por vezes, em violentas reações dos mineiros.

A produção das minas crescia, muito porém, os tributos enviados à Corte permaneciam estagnados. Em Portugal cobrava-se uma explicação; esta residia no contrabando, que enorme prejuízo causava à fazenda real. Uma das medidas adotadas, em 1719, foi a imposição das casas de fundição segundo a qual ficava proibido a circulação de ouro em pó - devendo todo o minério ser fundido numa das instituições a serem criadas em Vila Rica, Sabará, São João del-Rei e em Vila do Príncipe - lugar em que seria pago o quinto.Por esta forma sairia dali o chamado "ouro quintado", o único que poderia circular livremente - ou seja, que seria marcado com o sinete da Coroa, e sobre o qual teria sido pago tributo.

Inicialmente, a tributação se dava a partir de uma soma certa e fixa a ser paga ao final de cada ano. D. Brás Baltasar da Silveira, insistia que os impostos deveriam ser cobrados por “bateias” (o utensílio usado na mineração em pequena escala), desta forma cada minerador deveria pagar 12 oitavas de ouro. As Câmaras propuseram que pagariam o tributo nas saídas, com a condição de que o outro circulasse livremente. Ocorreu uma revolta que resultou no pagamento pelas Câmaras de 30 arrobas fixamente, essa