Cursinho
Por: Catarina Pedrosa
11/02/08 - 12h05
InfoMoney
Ouvimos sempre os especialistas falarem que tal ação está mais barata do que outra. Mais barata é sempre relativo. Depende dos termos a que nos referimos. O preço de uma caneta pode ser menor do que da outra, mas se a mais barata for uma BIC e a outra a Montblanc, não necessariamente a comparação é verdadeira.
Para ações fica ainda mais difícil essa comparação já que o preço de uma ação é apenas o preço de um pedaço de um negócio que pode ter os mais diversos tamanhos. Por isso que comparamos empresas por múltiplos.
Multiplicar é somar tantas vezes quanto for o múltiplo. Portanto, quando comparamos múltiplos de uma empresa, ação, investimento, comparamos o número de vezes que algo acontece.
Os múltiplos mais conhecidos são: Preço/Lucro, Valor da Empresa/Geração Operacional e Preço/Patrimônio. Existem muitos outros, mais apropriados, para certas indústrias do que para outras. Exemplo disso é o Preço/Reservas utilizado pela indústria petroleira ou de mineração, mas que não faz nenhum sentido na avaliação de empresas de varejo que utilizam muito o Preço/Vendas.
Vamos explorar um pouco mais o Preço/Lucro, muito utilizado por nós Brasileiros no passado e que foi dando espaço para o Valor da Empresa/Geração Operacional (EV/EBITDA) com a entrada dos investidores estrangeiros no país. O Preço/Lucro, ou simplesmente P/L, significa quantas vezes o preço da ação é maior que o lucro por ação. Ou seja, quantos lucros é preciso para se chegar no preço. Como o lucro é uma medida anual, então o P/L é o número de anos de um mesmo lucro necessário para pagar o investimento.
É importante notar que o P/L de uma ação em um ano é diferente do P/L da mesma ação para o outro ano. Isso ocorre porque os lucros variam de um ano para o outro. E quanto menor for tal índice, normalmente melhor (expectativa de lucros crescentes). Os P/Ls brasileiros costumam ser mais baixos do que