culturas em sampa

Italianos
Da mama ao Parmera"
É impossível falar da construção da cidade de São Paulo sem lembrar da presença italiana nestas terras. Só entre 1870 e 1914 foram mais de um milhão de italianos que cruzaram o Atlântico em busca de uma vida melhor. A maioria desses imigrantes italianos era de camponeses: alguns pequenos proprietários de terra e os assalariados rurais e os mais miseráveis dominavam o grupo. Pensavam que no Brasil ficariam ricos.
No entanto, poucos foram os imigrantes que, com grande sacrifício, conseguiram fazer economias para comprar um pedaço de terra. Essa possibilidade foi diminuindo ainda mais com o passar dos anos. A maior parte deles, cerca de 90%, foram para as fazendas de café do Estado de São Paulo. Chegavam ao Porto de Santos e dali iam de trem até São Paulo, onde ficavam na Hospedaria de Imigrantes, onde hoje funciona o Memorial do Imigrante. De lá, eram contratados pelos fazendeiros e iam, de trem, até a estação mais próxima da fazenda.
No início do século XX, as condições nas fazendas estavam tão ruins que muitos italianos resolveram ir embora. Alguns voltaram para a Itália, outros foram para a Argentina, o Uruguai ou para os Estados Unidos e muitos foram para a cidade de São Paulo ou outros centros urbanos do estado.
Por isso, os italianos foram, a partir do início do século XX, uma presença marcante na capital paulista. Em alguns momentos, em São Paulo, chegaram a representar 50% da população, sendo a maioria trabalhadores, operários, vendedores ambulantes, pedreiros, carpinteiros, lixeiros, pequenos comerciantes, ferroviários, etc. Os italianos participaram também, ativamente, do processo de industrialização de São Paulo, como operários nas fábricas, onde ajudavam na organização dos movimentos sindicais e também como empresários, criando inúmeras indústrias.
Para tentar viver melhor, muitos italianos organizaram nas cidades diversos tipos de associações. Sociedades de socorro mútuo, que procuravam ajudar seus sócios e suas