Cultura religiosa, Questões

1456 palavras 6 páginas
1- Disserte sobre a não substancialidade do mal.

O mal não pode ser visto substancialmente, pois se assim o fosse ele teria que ser criado e criação se atribui a Deus, ora, Deus é sumo bem e dele não pode vir o mal. Outra visão da origem do mal seria a partir do conflito entre dois princípios ontológicos opostos, porém, não se pode pensar um Deus mal frente a um Deus bom, pois a ideia de Deus remete a unidade e plenitude, se existe um Deus bom e outro mal não existe unidade. Assim sendo, os primeiros filósofos teólogos negaram a ontologia do mal, que o mal seja ser. O mal é a privação do bem, sua carência, pura negatividade, tudo que está contra a ordem das coisas, carência de perfeição. Por isso o mal só pode ser pensado junto à finitude, porque é no finito que se encontra a imperfeição, a incompletude, possível, assim, do mal.

2- Explique a tese: a existência do mal é um obstáculo a existência de Deus (anti-teodiceia).
Alguns pensamentos colocam o mal como obstáculo a existência de Deus. Epicuro, por exemplo, contrapunha o mal aos atributos do absoluto anulando, assim, a existência de Deus. Contudo, essa forma de pensamento via o mal entativamente o que fazia com que Deus e o mal estivessem num mesmo patamar, uma negando a existência do outro.
3- Explique porque o mal não consiste na rejeição de Deus, mas postula sua existência (pré-teodiceia).
Ora, se o mal é privação do ser, só se percebe e compreende o mal tendo como paramento a bondade, o ser, o eterno, a perfeição, o absoluto etc. o não ser só é percebido a partir do ser. A negação de Deus postula sua existência, pois sem o ser não é possível falar do nada.
4- Compatibilidade de Deus com o mal.
O fato de Deus ter criado o mundo finito o torna possível ao mal, mas não se pode dizer que a criação é má, se não o mal seria criação de Deus. A criação, mesmo possível ao mal, tem uma consumação positiva em Deus, se não a vitória seria do mal. O finito deseja a infinitude e através de Deus os seres

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