Cultura jovem
A pesquisa foi realizada em duas fases: na primeira, quantitativa (pesquisa de opinião), foi aplicado um questionário em 8.000 jovens, buscando caracterizar o seu perfil, suas diversas formas de participação cidadã e percepções sobre o tema. A segunda fase, qualitativa, promoveu os “grupos de diálogo”, encontros pessoais nos quais 913 jovens debateram sobre o tema, nas sete regiões metropolitanas cobertas pela investigação. “A aposta política e metodológica no diálogo como forma de construir posicionamentos coletivos resultou em um verdadeiro exercício de participação dos jovens na discussão de assuntos públicos.”
Preocupações – Um dos temas que orientou as discussões nos grupos de diálogos foi “Cultura e lazer”. A pesquisa apontou o que mais preocupa os jovens em relação a esse tópico:
>> Falta de acesso a espaços de cultura e lazer
Os jovens não apenas manifestam a vontade de acesso à cultura e ao lazer, como têm a percepção do direito a esse acesso. A pesquisa detectou basicamente duas formas distintas de análise do não acesso ao bem cultural. Uma aponta que os jovens não têm mais acesso à cultura por que nao querem ter, e que as opções são diversas. Outra afirma que as atividades culturais gratuitas têm pouca divulgação, o que impede os jovens de tomarem conhecimento a respeito delas. A manutenção desses espaços também é requerida.
>> Concentração da oferta nas zonas de maior poder aquisitivo das cidades.
A pesquisa demonstra uma espécie de antagonismo entre duas visões: por um lado, a demanda pela descentralização da oferta de oportunidades de acesso à cultura. E por outro lado, a sugestão de extensão do passe-livre para que os jovens – e não apenas os estudantes - possam circular pela cidade, em direção aos espaços disponíveis.
>> Falta de apoio/patrocínio visando baratear os