crítica a ciência e a religião

357 palavras 2 páginas
Crítica a ciência e a religião:
No século XIX, tudo aquilo que Kierkegaard defendeu foi bombasticamente rejeitado pelo filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900). Enquanto para Kierkegaard o prazer estético era a mais baixa forma de existência individual e a abnegação cristã a mais elevada, Nietzsche considerava o Cristianismo o mais baixo aviltamento do ideal humano, que tem a sua mais elevada expressão em valores puramente estéticos.
Depois de uma educação luterana pelas suas piedosas mãe e tias, Nietzsche experimentou um sentimento de libertação quando, na Universidade de Leipzig em 1865, encontrou o ateísmo de Schopenhauer. Daí em diante apresentou-se, consequentemente, como opositor do espírito cristão e da personalidade de Jesus. A sua convicção de que a arte era a mais elevada forma de actividade humana exprimiu-se no seu próprio estilo filosófico, mais poético e aforístico do que argumentativo ou dedutivo. Nomeado com 24 anos para leccionar uma cadeira de filologia em Basel, dedicou o seu primeiro livro, A “Origem da Tragédia”, a Richard Wagner. Neste livro traça o contraste entre dois aspectos da alma grega: as paixões selvagens irracionais personificadas por Dionísio e a beleza disciplinada e harmoniosa representada por Apolo. A grandeza da cultura grega assenta na síntese dos dois, que foi rompida pelo racionalismo de Sócrates; a Alemanha contemporânea só podia ser salva da decadência que então dominava a Grécia se procurasse a sua salvação em Wagner.
Por volta de 1876, Nietzsche cortou relações com Wagner e perdeu a admiração por Schopenhauer. Em “Humano, Demasiado Humano”, foi atipicamente simpático para com a moral utilitarista e pareceu valorizar mais a ciência do que a arte. Mas considerava esta fase da sua filosofia como algo que devia ser tirado como a pele de uma cobra. Depois de desistir da sua cátedra em Basel, em 1879, começou uma série de obras que afirmavam o valor da Vida e denunciavam, como elementos hostis à vida, a abnegação

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