Cruz Vernelha-ONG

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O Regicídio Antes de mais será pertinente perceber quais os antecedentes, que deram origem a este derradeiro golpe na monarquia portuguesa, facto determinante para que dois anos após o regicídio, em 1910, os republicanos subissem ao poder. Na primeira década do século XX, em Portugal vivia-se um clima de tensão de índole política. O sistema político baseado na alternância dos partidos Regenerador e Progressista entrara em colapso. Os partidos deixaram de ter a capacidade de encontrar soluções viáveis para a resolução dos problemas vigentes. Em 1907, D. Carlos I viu na entrega do poder a João Franco a possível tábua de salvação da monarquia. No entanto este governou de uma forma ditatorial, aumentando assim a agitação social e a animosidade em relação à monarquia. A 28 de Janeiro de 1908 os republicanos organizaram uma revolução, esta não teve sucesso, mas teve como consequência o lançamento de um decreto que punia com a pena de degredo os revolucionários, especialmente os republicanos que estiveram envolvidos naquela revolução falhada. No dia 1 de Fevereiro de 1908, ao regressar de Vila Viçosa, o Rei D. Carlos, a Rainha D. Amélia, o príncipe real D. Luís Filipe e o infante D. Manuel desembarcaram no Terreiro do Paço e subiram para uma carruagem aberta, que os deveria conduzir até ao Paço das Necessidades. Aquando a chegada da carruagem à Rua do Arsenal, um popular aproxima-se atingindo a tiro, por duas vezes, o rei D. Carlos. Por sua vez, outro atirador dispara sobre o príncipe herdeiro, D. Luís Filipe, atingindo-o também mortalmente. Já o infante D. Manuel II sofre apenas um ligeiro ferimento no braço e a sua mãe, a rainha D. Amélia sai ilesa do tiroteio. Enquanto os guardas que acompanhavam a carruagem abatiam os regicidas, esta partia, de forma célere, para se refugiar no interior do Arsenal da Marinha. Os responsáveis pelo duplo assassínio, Alfredo Costa e Manuel Buíça, anarquistas, pertenciam à Carbonária, uma associação revolucionária com

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