Cronica de turmalina
Segundo Plínio, o moço, “o dever sagrado do amor à pátria é um dos quais devemos ter medo e vergonha de abjurar perante Deus e perante os homens”. Digo isso porque vejo editado um ótimo livro sobre os amares e os sonhares dos escritores não publicados de Turmalina, sob a competente direção de Gilda Gomes de Macedo e Rosangela Pinheiro. Trata-se do sumo extraído do projeto “O escritor na biblioteca”, levado avante por Neyck Lopes e a equipe da “Biblioteca Comunitária Ler é Preciso Dª Augusta Lima Maciel”, que tenta promover a leitura e a escrita entre os leitores da mesma.
Derramar o sangue e o espírito sobre o papel é uma tarefa difícil, dolorosa e espinhenta, segundo se nota após a leitura de alguns autores ali antologiados. Segundo Lucas Santana, ler é bom, mas escrever é um martírio. O professor José Geraldo Rocha, então vereador da bancada petista, mistura lirismo, erotismo e canto biográfico numa miscelânea bastante interessante, dando mostras de seu enorme talento até agora escondido perante os olhos perscrutadores de Turmalina. Eunice Gomes relata o milagre de sua existência num canto de fé em Deus e amor aos pais. Maria Geralda Soares conta suas experiências de fé transcendente, maternidade e a chegada dos netos. Bianca Leão fala da admiração pela matriarca da família. E assim prossegue...
Bem... é bom que se diga que o título do livro é obra do talhe magistral de Carlos Drummond de Andrade (*1902—†1987) — Trouxeste a Chave? — e mescla variados assuntos entre os quais o existencialismo. Sobre isso discorre com bons argumentos a psicóloga Lívia Orsine