critica politica

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CRÍTICA POLÍTICA
Para Antonio Candido não basta denunciar os problemas do país. Se quando fala de livros também arranja uma maneira de explicar o Brasil, ele nunca iria deixar de acompanhar de perto (e às vezes até protagonizando) a vida política do país. Inimigo do fascismo, ainda em 1945 ajudou a fundar a União Democrática Socialista, que mais tarde iria se transformar no Partido Socialista Brasileiro. Também foi diretor de redação da Folha Socialista, jornal cuja intenção era anunciar a aurora de um mundo igualitário.
Por isso Antonio Candido sempre foi muito contundente ao encarar o Brasil e suas desigualdades. Sua crítica sobre o estado de coisas político do país pode soar desalentadora e até cruel – mas quem haveria de discordar de tanta lucidez? Pois em seus livros o crítico mostra que, se por um lado os donos do poder conseguiram chegar a um grau de organização cultural que possibilitou a formação de uma literatura nacional (porque num país de analfabetos a literatura é, afinal de contas, um objeto da elite), por outro não estenderam esses benefícios a campos essenciais como a educação. Isso porque os mesmos autores que começavam a ganhar prestígio e a moldar uma sociedade culturalmente civilizada conviviam (muitos deles em aparente harmonia) com chagas como o analfabetismo, o trabalho escravo e as injustiças sociais. Melhor dizendo: enquanto houver tanta desigualdade, a literatura sempre será um artigo de luxo, uma espécie de bolsa Louis Vuitton feita para o desfrute de uma elite incapaz de democratizar a leitura e a instrução. Esse vício inclui até mesmo aqueles escritores que supostamente denunciam a miséria brasileira porque, afinal de contas, eles não serão lidos por aqueles a quem supostamente tentam dar voz.
Mas Antonio Candido não ficou só no discurso. Durante a ditadura (1964-1985), atuou como defensor de causas humanitárias, denunciando como a repressão policial estava roendo as entranhas do Brasil e desagregando a nossa sociedade. Para ele, as

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