Cristianismo

CRISTIANISMO

A Igreja Cristã era vista, pelas autoridades romanas, como parte do Judaísmo – que era uma religião lícita, isto é, uma seita legal – e, por isso, sofreu pouco. Mas assim que o cristianismo foi distinguido do Judaísmo como seita separada e pôde ser classificada como uma sociedade secreta, ela recebeu a interdição do Estado Romano – que não admitia nenhum rival à obediência de seus súditos. O cristianismo tornou-se então uma religião ilegal, considerada como ameaça à segurança do Estado Romano. O Estado era o supremo bem em uma união dele com a religião. Não poderia haver religiões particulares. A religião somente seria tolerada se contribuísse para a estabilidade do Estado, visto que a Igreja Cristã, em rápido crescimento, ensinava que quando fosse preciso escolher entre a lealdade a Cristo ou a César, o imperador era colocado em segundo plano. Incomodados com o crescimento do Cristianismo e com os mistérios que envolviam os cristãos que se negavam a participar das cerimônias religiosas realizadas pelos romanos, bem como aceitar que o Imperador fosse um dos representantes dos deuses na terra, ainda contestavam a escravidão, a ganância e a vida imoral dos ricos. Com isso, as perseguições tornaram-se cada vez mais constantes.
Com o número crescente de adeptos à nova religião em Roma, o império decidiu que os cristãos representavam um perigo para seu poder sobre as massas. Sob essa visão de desconfiança, todo aquele que se confessasse ser cristão era julgado e condenado à morte imediatamente. Irineu, o bispo de Roma, também conta que sofreu com as perseguições romanas. Assistiu a vários de seus “irmãos” cristãos serem queimados, torturados e mortos nas arenas. Pois, para os imperadores, as reuniões dos cristãos despertavam suspeitas, por isso foram acusados de praticarem atos imorais e criminosos durante a celebração da Ceia do Senhor. Eles se reuniam antes do nascer do sol, ou então à noite, quase sempre em cavernas ou nas catacumbas