Crise financeira de 2008

A crise financeira de 2008
O final da década de 2000 foi marcado pela maior crise da história do capitalismo desde 1929. Suas origens remetem ao colapso da bolha especulativa no mercado imobiliário norte-americano que, potencializado pelas inovações financeiras e pela expansão do crédito bancário, desencadearam uma crise financeira que afetou a economia mundial como um todo. Pode-se dizer que a crise foi detonada com a falência do banco de investimento Lehman Brothers em setembro de 2008, o chamado “setembro negro” para os mercados financeiros. A queda do Lehman Brothers ocorreu quando o Federal Reserve negou socorro à instituição, o que afetou profundamente a confiança dos mercados de que a autoridade monetária iria socorrer as demais instituições financeiras afetadas pelo estouro da bolha.
O pânico produzido pela omissão do FED entre as instituições financeiras foi tal que houve uma súbita preferência pela liquidez nos mercados, o que, por conseguinte, levou a um processo minskiano no qual a venda de ativos financeiros em larga escala causou uma forte e repentina deflação no preço dos ativos. Paralelamente, a queda nos preços de ativos fez com que fosse contraído o crédito bancário para transações comerciais e industriais levando, ainda, a uma queda na produção industrial e no comércio internacional ao redor do globo.
A reação dos governos dos países desenvolvidos se deu por meio de políticas fiscal e monetária expansionistas. O FED reduziu a 0% a taxa de juros no curto prazo e aumentou em cerca de 300% seu balanço no intuito de dar liquidez para os mercados financeiros norte-americanos. Medidas similares forma conduzidas pelo Banco Central Europeu e pelo Banco do Japão. Para estimular a demanda agregada, o governo americano aprovou ainda uma expansão fiscal de cerca de US$ 800 bilhões. Na Zona do Euro os governos foram autorizados a elevar os déficits fiscais além dos impostos pelo Tratado de Maastricht.
Políticas similares foram adotadas nos países em